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Nesses dias de conturbação, apenas a sensação de não pertencimento.

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Nas últimas semanas tenho lido bastante o blog do Marcelo Costa, o cara mais legal e um dos mais queridos do jornalismo cultural internético brasileiro. Uma boa leitura para quem acaso fique em frente à tela do pc de bobeira em alguma madrugada ociosa da vida. Os posts sobre as viagens dele à Europa são os meus preferidos. Mas também tem muita dica foda de site, livro, filme e disco. Vale a pena dar uma vasculhada por lá.

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O James Gandolfini morreu :(. O homem que deu vida a um dos maiores personagens de toda a história da tv. Tony Soprano lives!

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Daí que passei a semana toda pensando e relendo esses dois caras que mudaram um tantinho minha vida. Gullar e Elliot, por motivos diversos, um mais presente na minha formação adolescente e o outro no processo lento de amadurecimento pós-juventude, me serão sempre caros. Os meus preferidos no quesito poesia (maior arte). Aqui um doc biográfico do Elliot produzido pela BBC. Aqui o Gullar no Roda Viva em três partes.

Dez covers por Teenage Fanclub

Teenage+Fanclub

Além de ser uma das bandas mais queridas que existem, é uma das minhas favoritas. Passei essa semana indo atrás de b-sides, singles, EP’s e covers. Eles são chegados a uns covers, vasculhando no youtube dá pra achar vários. Selecionei alguns dos mais legais e bonitos que só os escoceses poderiam fazer.

(Minha vida não será a mesma se não puder vê-los uma vezinha só ao vivo)

Nirvana

Pixies

Velvet Undergorund

Bob Dylan

Neil Young

Sebadoh

Big Star

T-Rex

Yo La Tengo

Beatles

Das descobertas tardias: Neutral Milk Hotel

Neutralmilkhotel

In The Aeroplane Over The Sea é o disco. Neutral Milk Hotel  é a banda. O ano é 1998.  Ouça:

Sei lá o que estava fazendo da vida; para perder essa genialidade toda, boa coisa não era. Mas sempre há tempo. Já tenho um novo herói, seu nome: Jeff Mangum.

A minha favorita:

Aqui tem um show:

Vai virar ‘coluna’ isso. Das descobertas tardias – pra tudo aquilo de genial que eu deixei passar por algum motivo(não desculpável), ou aquilo que eu não conhecia mesmo. E Das novas descobertas – pra tudo aquilo de novo que está martelando bem no ouvido e olho (música, livro e filme).

O assassinato de John Kennedy no Maranhão

Por Paulo Henrique Moraes
Texto originalmente publicado na Revista Bezouro #5

(todas as imagens retiradas do livro Morte na Ulen Company – RECORD, 1983, de José Joffily)

Quando às 17h30min do dia 30 de setembro de 1933, o maranhense José de Ribamar Mendonça disparara quatro tiros do seu revólver OV, calibre 32, contra o norte-americano John Harold Kennedy, mal sabia ele que aquele era o início de uma trajetória marcada por tragédias de uma das famílias mais importantes do século XX. É assim, pelo menos, que reza a lenda pelas bandas de cá.

Certamente, este é um dos crimes mais comentados da história de São Luís; já foi tema de documentário e livro, faz parte do imaginário dos mais velhos da cidade e continua despertando curiosidade nos mais jovens por ser uma história repleta de personagens e tramas que misturam fatos políticos e econômicos pontuais com elementos sociais de cunho quase folclórico. O crime da Ulen, como ficou conhecido, aconteceu nas instalações da Ulen Company, empresa em que trabalhavam os dois personagens principais nele envolvidos: o maranhense como bilheteiro e o norte-americano como contador.

Misto de vingança pessoal, luta por soberania, jogo político internacional, interesses econômicos e disputas jurídicas, a história desse crime vai muito além do fatídico assassinato. E numa cidade sedimentada sob tantos mitos e lendas, o crime da Ulen pode ser usado para reforçar alguns deles. Entretanto, foi mesmo o bilheteiro José de Ribamar Mendonça um autêntico representante da ‘ilha rebelde’? E seria o contador John Harold Kennedy tio do presidente mais famoso dos Estados Unidos?


Na década de 1920, São Luís tinha pouco mais de 50 mil habitantes, e, apesar de capital do estado, sua situação socioeconômica não era das melhores: condição estrutural urbana precária aliada a poucas possibilidades de trabalho. Somado a isso, uma população com alto índice de analfabetismo, comandada por figuras políticas oligárquicas que dominavam o Maranhão. Foi neste cenário que a Ulen Management Company, empresa com origem em Nova York, representante do processo de expansão do capital americano com foco na indústria da energia elétrica, veio parar.

Em 1922, foram estabelecidos os primeiros contatos com o norte-americano Henry Charles Ulen para a instalação da sua empresa na cidade. Magalhães de Almeida, então oficial da Marinha brasileira, e que seria, quatro anos mais tarde, governador do Maranhão, foi o intermediário da negociação que culminou, em 1923, com a assinatura do contrato que garantia à companhia americana, primeiramente, a responsabilidade pela construção de obras referentes aos serviços urbanos, como o abastecimento de água, luz e transporte, e, mais tarde, pela administração desses mesmos serviços em São Luís.

A chegada de uma companhia com a perspectiva de melhora, através dos seus serviços, da condição de vida na capital, ainda mais com o status de ser originária de uma das maiores potências do mundo, a principio, pareceu ser um avanço para a sociedade ludovicense. Só pareceu.

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Com o passar do tempo, a Ulen se mostrou um fardo para as contas do estado e motivo de revolta para a população. Os contratos firmados entre a empresa e o governo estadual eram no mínimo abusivos. Além da completa isenção de impostos e custeamento das despesas administrativas referentes à execução dos seus serviços, a Ulen ainda tinha o privilégio, intermediado pelo governo maranhense, de contar com somas altíssimas de dinheiro advindas de empréstimos muitas vezes conseguidos junto a bancos norte-americanos. E não parava por aí – caso houvesse o rompimento unilateral de contrato, o estado se sujeitaria ao pagamento de multas exorbitantes. Tudo isso em nome de um projeto de progresso, que não houve.

A imprensa, cumprindo seu papel, tomou a frente nas denúncias. Não raro era encontrar nos diários jornalísticos maranhenses textos de repúdio aos acordos firmados entre o governo e a Ulen: “Um atentado à dignidade, à soberania de um povo, que viu a fonte principal da sua riqueza pública vendida criminosamente aos agentes do capital de Wall Street”, diria ‘O Combate’ em 1933, já no auge dos descontentamentos com a situação.

No mesmo passo, preocupada com os péssimos serviços oferecidos pela companhia americana, a população revoltava-se cada vez mais. O aumento frequente de tarifas, o não cumprimento da promessa de melhoria na condição urbana da cidade, o descaso no trato com os funcionários da empresa, enfim, tudo isso amontou-se de forma a tornar a presença da Ulen na cidade no mínimo indesejada. O assassinato do contador da companhia americana, John Harold Kennedy, pelo maranhense José de Ribamar Mendonça, também funcionário da empresa, só que muitos escalões abaixo, foi o ápice da revolta que acometeu a sociedade ludovicense àquela altura. Um ato movido pelo sentimento de vingança, para muitos, tanto pessoal como social. 

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Nos autos da prisão em flagrante, José de Ribamar Mendonça mostrou-se ciente do crime que acabara de cometer: “Matei agora mesmo o bandido que mais me perseguia, mas não estou arrependido”. O que ele não fazia ideia era que seu ato teria desdobramentos que iriam além das consequências jurídicas concernentes ao crime. José de Ribamar, nome do padroeiro do Maranhão, e, por isso, o nome mais comum entre os habitantes desta terra, foi transformado, ainda que de forma espontânea, sem nenhuma predeterminação política, em símbolo de luta social da população de São Luís contra os desmandos da empresa americana, a política econômica dos EUA e a submissão do governo brasileiro na figura dos políticos maranhenses.

O simples bilheteiro de bondes, então com 25 anos, viu seu julgamento ser transformado num campo de batalhas não apenas jurídica, mas também social e política. Os argumentos de defesa forjados pelo hábil advogado Waldemar Brito, um especialista do direito criminalista no Maranhão à época, apelaram para o sentimento de solidariedade social da população ludovicense. Waldemar utilizou a relação caótica da cidade com a Ulen para justificar o crime: “A vingança é reprovada, porém quando excitada por injustiça e insultos é uma das fragilidades mais desculpáveis da natureza”, argumentaria ele aos jurados do primeiro dos três julgamentos pelos quais passaria o maranhense.

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O crime da Ulen teve uma motivação pessoal: a demissão de José de Ribamar quando perto de completar seu décimo ano de serviços prestados à companhia norte-americana, tática utilizada pela Ulen, também com outros funcionários, para fugir das obrigações trabalhistas de então, que garantiam estabilidade ao trabalhador que tivesse dez anos completos de serviços prestados a uma mesma empresa. O norte-americano John Kennedy, contador da Ulen, era o responsável direto por suas demissões; tornou-se o alvo da ira de Mendonça depois de uma discussão nas instalações da administração da companhia, em que se recusou a pagar os últimos meses de trabalho do bilheteiro.

John Harold Kennedy, nascido no estado americano de Massachusetts (assim como seu suposto sobrinho presidente), trabalhou na Ulen Company durante oito anos até o seu assassinato. Veio para São Luís com a comitiva administrativa da companhia. Solteiro, aqui se estabeleceu, tendo participação marcante na vida social da cidade. Apesar de sua seriedade e dureza na direção da Ulen, frequentemente era visto na Praça João Lisboa, local de reunião da boemia da cidade na época. Fez parte do clube ‘Os Lunáticos’, que reunia os jovens boêmios da elite ludovicense; por ocasião de sua morte, algumas homenagens lhes foram prestadas pelo clube: a cadeira nº 6, ocupada por ele, permaneceu vaga até a extinção d’Os Lunáticos em 1941.

O assassinato de Harold Kennedy foi noticiado em alguns dos principais jornais do seu país como o New York Times, e gerou certo desconforto diplomático entre os EUA e o Brasil. A cada absolvição de José de Ribamar, era maior a pressão da embaixada americana para que se realizasse um novo julgamento com resultado diferente. Durante onze anos, foram três os julgamentos pelos quais passou Mendonça – em todos eles, absolvido. Sucessivamente, nove Ministros de Estado e três embaixadores envolveram-se na questão do crime da Ulen, em uma ofensiva político-diplomática americana contra as decisões do governo e justiça brasileira que tinha objetivos complementares: exigir a condenação do maranhense e garantir a total segurança dos contratos firmados e do funcionamento da companhia em São Luís.

Apesar de acusações de erros judiciais no tribunal do júri do Maranhão, que teria tomado sua decisão por influência do clamor social que o crime causou na população de São Luís, e da massiva pressão feita ao Itamaraty pelos representantes do governo americano para que esse clamor não interferisse na atuação da companhia na cidade, José de Ribamar Mendonça não fora condenado em nenhum dos julgamentos, e a Ulen, depois de algumas suspensões contratuais, finalmente deixaria São Luís em 1946.

Como resultado de um esforço de pesquisa elogioso, o pesquisador paraibano José Joffily publicou uma série de documentos (ofícios, telegramas, fotografias e impressos de época) em seu livro “Morte na Ulen Company” (RECORD, 1983), que mostram quase tudo referente à presença da Ulen em São Luís, além de recontar com minúcia a história do crime e seus personagens. Maiores detalhes dos desdobramentos jurídicos e diplomáticos do crime podem ser encontrados, também, no documentário “O crime da Ulen” (2007) dirigido pelo cineasta Murilo Santos, que recria, através de um júri simulado realizado em uma universidade maranhense, a atmosfera dos julgamentos de José Mendonça. Os dois trabalhos, apesar de recontarem com cuidado o que há de lendário e folclórico na história e personagens que envolvem o crime, concentram-se no seu aspecto social e político, como forma de reafirmá-lo.

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Sob a luz implacável da história, não há como negar que, a despeito de qualquer intenção de José de Ribamar ao assassinar John Kennedy, se agira apenas motivado por vingança pessoal, por questão de honra, ou por desespero frente ao futuro incerto sem o emprego que durante anos fora sua única renda, é fato que os limites do crime da Ulen foram alargados, ou mesmo ultrapassados, tornou-se motivo da luta social de uma população que buscava melhoria geral na qualidade de vida em São Luís na época.

Que fique claro, entretanto, que o entendido aqui como luta social foi se gerando de forma espontânea sem contornos políticos pré-determinados ou intencionais, nem poderia ser diferente. O que aconteceu foi que a revolta pessoal de Mendonça contra uma situação específica, a sua demissão da companhia em que trabalhou durante longos dez anos, estendeu-se e transformou-se, através de um processo de solidariedade e identificação com o bilheteiro maranhense, na revolta de uma população contra os problemas causados à cidade por essa mesma companhia. O crime da Ulen foi o clímax dessa dupla revolta.

Quanto ao suposto parentesco do Kennedy assassinado no Maranhão com a família Kennedy que deu aos Estados Unidos figuras do seu alto escalão político, não há qualquer documento oficial conhecido que comprove este fato – o que não significa absolutamente que não exista o parentesco. Há de ser lembrado que, além do sobrenome, tinham em comum a origem no estado americano de Massachusetts.

Em 1933, ano do crime da Ulen, Joseph Patrick Kennedy, o patriarca e iniciador da trajetória de fama de uma das famílias mais importantes do século passado, cada vez mais ascendia socialmente com o aumento de sua fortuna e sua entrada na vida política americana através da diplomacia – seria embaixador no fim da década. Com tanto poder, não é difícil imaginar que, caso houvesse realmente um parentesco próximo entre Joseph e Harold, uma história indesejável envolvendo a família fosse rapidamente jogada para debaixo do tapete, permanecendo quanto tempo fosse necessário.

À época, não havia qualquer interesse em saber se o John assassinado aqui no Maranhão era um Kennedy, afinal a família ainda estava construindo sua celebridade na América, não se sabia a respeito do futuro dos que carregavam esse sobrenome. Dispensou-se atenção maior para o nome John Harold Kennedy somente quando em 1963, assim como ele, o presidente americano John Kennedy, o seu homônimo famoso e suposto sobrinho, fora brutalmente assassinado. É partir daí que a história do crime da Ulen ganha esse contorno de lenda e mistério em São Luís, baseado nas coincidências de suas mortes e, especialmente, no não comprovado parentesco entre os dois.

Not If You Were The Last – Junkie or Dandy – On Earth

The Brian Jonestown Massacre x The Dandy Warhols

Como twitou uma vez o Chuck, uma daquelas perguntas cuja resposta define caráter. O Rock precisa desse tipo de marra, briga, inimizade, acusações, inverdades, calúnias, mesmo que seja tudo forjado. Alguns dos melhores discos de rock nasceram ou cresceram assim.

Os Dandys provocam:

I never thought you’d be a junkie
because heroin is so passe.
But today,
If you think that I don’t know
About depression and
Emotional pain,
You’re insane, or your
A fool who hasn’t paid attention
To a word that I say.

In a way, I can’t
Help but feel responsible. 
I always knew that you were insane
With your pain.

But I never thought you’d be a junkie 
Because heroin is so passe
Now a-day.
You never thought you’d get addicted,
Just be cooler in an obvious way.
I could say, shouldn’t you have got
A couple peircings and decided
May-be that you were gay.

In a way
I can’t help but feel responsible,
I always knew that you were insane
With you pain

 

E os Junkies respondem:

And we like what you say
You got things we should learn
And we like what you’re doing
You got speed to burn
And you look so cool
And you look so fine
And you know where we live
Come on, drop us a line

Yeah, you look so groovy
And the chicks all scream
It’s like a 60’s movie
You know the one i mean
And you look so cool
And you look so hot
And you look so wasted
And, baby, i know why

Take my money
Take my time
Take my sister
I don’t mind

 

E (apesar de injusto de um certo ponto de vista) assista a este ótimo doc:

Being There: um título, três obras-primas

I – O livro

Novela rara do polonês-americano Jerzy Kosinski. De 1970. Publicada no Brasil logo em seguida sob o título de O Videota (Arte Nova, 1971. Tradução:  Hindemburgo Dobal), e, recentemente, como O Vidiota (Ediouro, 2005. Tradução: Laura Alves, Aurélio Barroso Rebello).

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II – O filme

Adaptação hollywoodiana do livro do Kosinski. Roteiro do próprio autor. Direção: Hal Ashby. E o Peter Sellers mais gênio do que nunca atuando. De 1979.

III – O disco

Segundo álbum do Wilco, de 1996. Duplo lançado como um – no melhor estilo leve dois pague um. Alguns gostam do Wilco só até aí (no máximo até o Summerteeth), neo-alt-country mesmo. Depois desse disco há muita experimentação (o que eu gosto, e  muito).

Viagens, shows e alguma diversão – parte 3

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Uma das melhores e mais divertidas apresentações da Velttenz – foto por Mauro Velten

Continuando o post prometido em três partes sobre algumas coisas que aconteceram de legais na minha vida nos últimos meses, agora é hora de falar um pouco sobre os shows que fiz com a Velttenz, e alguns outros que organizei esse ano.

Lá no começo de 2013, viajei pra Teresina pra tocar no lançamento do disco do amigo Trincado, já contei aqui como foi mais ou menos. O importante nessa brincadeira (pra mim é isso, uma brincadeira divertida, apenas) de ter banda, e tocar, e viajar, etc etc, é conhecer gente, fazer amigos. É clichê, mas é verdade. Lá em Teresina já conhecíamos o pessoal da Trinco, que agora está com projeto novo, o Guardia Nova, e já conhecíamos também o pessoal da BR 316 por causa de um show da Garibaldo lá em 2012. Daí esse ano, como já tínhamos trazido a Trinco para tocar aqui em São Luís, resolvemos trazer a BR, que é uma puta banda de blues rock, cuja presença de palco é impressionante (para quem acha o blues branco de agora monótono, deveria ver o show da BR 316). Fizemos o show deles na segunda edição consecutiva do Grito Rock em que participei da organização. Foi divertido. Fiquei responsável por apresentar a cidade à banda. Dois dias de muito papo bom e felicidade recíproca. O show deles foi fodão! Tanto é que eles estão voltando à cidade para um evento de blues que acontecerá agora no sábado.

Logo em seguida ao Grito Rock, fiz com a Velttenz alguns do melhores shows desses três-quase-quatro anos tocando rock com a banda. Um deles foi no lançamento do disco da Gallo Azhuu, disco que já até destaquei por aqui mesmo no blog. O show deles foi bonito de ver; todo mundo cantando as músicas, gritando ou acompanhando os solos. Coisa de gente grande. Assim como nosso show, modéstia à parte, hihi. No dia seguinte ainda teve uma show-reunião-de-amigos com apresentações nossa e da Megazines, com participação de quase todo mundo que toca rock em São Luís, uma ‘jamzona’ caótica e divertida. Outro dia memorável.

Pouco tempo depois, participamos do show em comemoração ao aniversário de 5 anos da Megazines, que teve ainda apresentação da goiâna Black Drawing Chalks. Os caras mandaram ver lindamente, os maranhenses, digo, não os goiânos, que tocaram a maior parte desse disco mais ou menos deles lançado ano passado (o segundo deles é fodão, mas nesse terceiro eles erraram a mão no stoner). Abrimos a noite, foi massa apesar de alguns contratempos e cansaço.

Desde então temos gravado nosso primeiro disco, um EP com 6 músicas. Acabamos recentemente. Já já iremos liberá-lo para download. A primeira faixa do EP que irá se chamar Live or Die, ao melhor estilo Rock’n’Roll, já tá no ar. Não conseguimos pensar num nome para ela, por isso a faixa acabou ficando com o apelido pelo qual a chamamos nos shows e ensaios: Punk (dá pra ouví-la aqui). O Kiko, baterista da banda, editou um vídeo para marcar o lançamento do single. Todos esses shows sobre os quais falei anteriormente foram registrados e acabaram virando esse webclipe.

Foi isso. Deu pra resumir, ufa!

Desafio: semanas 17 e 18 (de 24.05 a 07.05)

Nessas duas semanas, consegui manter a média (ufa!). Foram 16 discos e 15 filmes. Os discos foram em sua maioria de 2013. Comecei a ouvir mais discos através de streaming do que de download. Estou usando bastante o Soundcloud, o Bandcamp, o Deezer e o First Listen do site da rádio americana NPR, que me revelou gratas surpresas, como o meu destaque musical da vez: o Mikal Cronin. Daí as coisas que me apetecem, eu baixo depois, e o resto, continua resto. Quanto aos filmes, consegui terminar a filmografia-uma-tonelada do Haneke (num próximo post irei listar os filmes em ordem dos que mais gostei aos que menos; e falar um pouco sobre o cara). Caí de cabeça nos documentários musicais também, recomendo especialmente o Brega S/A, o Dig! e o destaque da vez ali embaixo. Continuemos…

Discos

New History Warfare Vol. 3: To See More Light – Colin Stetson (2013)
Fool Metal Jack – Os Mutantes (2013)
JunipJunip (2013)
The Money Store – Death Grips (2012)
InstanteNathalia Ferro (2013)
FainWolf People (2013)
Brooklyn Babylon – Darcy James Argue’s Secret Society (2013) Afundando a cidade – Zerão (2013)
O Curioso Caso da Música Invisível – Camarones Orquestra Guitarrística (2013)
New Electric Ride EP – New Electric Ride (2013)
Volume 3 – She & Him (2013)
De Olhos FechadosFragor (2013)
SoundtrackTwin Peaks (1990)
Gang do Eletro – Gang do Eletro (2013)
Landing On A Hundred – Cody Chesnutt (2012)
MCII – Mikal Cronin (2013)

Segundo álbum do cantor e compositor americano. Uma belezinha das melhores do ano. Música pop com garage rock. Guitarrudo, mas acessível. Tem muita distorção, mas também tem harmonias instrumentais lindas. Traz pra frente o que há de melhor no rock alternativo americano dos anos 90, mas é devidamente contemporâneo. Que bela descoberta foi o cara pra mim!

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Filmes

Caro Francis – Direção: Nelson Hoineff (2010)
Ferreira Gullar – O Canto e a Fúria – Direção: Zelito Viana (1994)
Brega S/A – Direção: Vladimir Cunha e Gustavo Godinho (200?)
George Harrison: Living in the Material World – Direção: Martin Scorsese (2011)
Hit so Hard: The Life & Near Death Story of Patty Schemel – Direção: P. David Ebersole (2011)
Holy Flying Circus – Direção: Owen Harris (2011)
No Distance Left to Run – Direção: Dylan Southern e Will Lovelace (2010)
Who Killed Nancy – Direção: Alan G. Parker (2009)
Dig! – Direção: Ondi Timoner (2004)
Código Desconhecido – Direção: Michael Haneke (2000)
Caché – Direção: Michael Haneke (2005)
O Sétimo Continente – Direção: Michael Haneke (1989)
71 Fragmentos de uma Cronologia do Acaso – Direção: Michael Haneke (1994)
Tempo de Lobo – Direção: Michael Haneke (2002)
Searching for Sugar Man – Direção: Malik Bendjelloul (2012)

A MAIOR HISTÓRIA RELACIONADA A MÚSICA QUE JÁ VI!  Só digo que você devia ver, mesmo.